O post de agora é sobre o Museu de Arte Sacra dos Jesuítas de Embu das Artes/SP.
Bom, ir em um museu todo mundo pode, ficar rodando e olhando as imagens e esculturas também, mas de nada serve se você não entende o que significa tudo aquilo!
Está é uma critica que tenho a fazer dos outros museus que visitei em São Paulo, foram pouquíssimas as vezes que tive um guia que soubesse tanto e fosse explicando cada detalhe, como foi o caso da minha visita ao Museu de Arte Sacra dos Jesuítas.
Agora posso comentar e contar um pouco da história que guarda o edifício; Já que percebi que as pessoas não dão a tal importância para algo tão grandioso, que faz parte da nossa história.
Antes de se tornar o Museu, funcionava a igreja de Nossa Senhora do Rosálio, a igreja foi criada inicialmente pelo P. Belchior de Pontes depois de 1698, com o intuito de catequizar os escravos daquela região, os mesmos eram alfabetizados, e aprendiam em oficinas ministradas pelos padres como esculpir e pintar entre outras coisas, provavelmente foram esses escravos que fizerem toda a arte do teto do altar, entre outras coisas. As casas desses escravos eram voltadas para igreja, assim como toda parte central de Embu, pode-se notar este fato até hoje.
A construção demorou cerca de 22 anos, em 1719 morre o p. Belchior antes de ver o término da igreja. Essa demora se deu pela construção ser de taipa de pilão, uma mistura de barro, pedras, galhos e sangue de animais, os blocos de taipa são de dimensões muitos maiores que o tijolos de hoje, eles demoravam muito secar, e foi necessário fazer um por vez.
Depois de muitas idas e vindas dos jesuítas, expulsões e retomadas a igreja em 1904 é reformada, a torre é a principal mudança.
Em 1937 o poeta Mário de Andrade visita a igreja, e decide junto com o IPHAN o tombamento histórico, inclusive do acervo.
Em 1975 obras de Restauro são realizadas no teto da Igreja de Nossa Senhora do Rosário pelo IPHAN.
E finalmente em 2005 a Reabertura do Museu de Arte Sacra dos Jesuítas é realizada.
Viram o que uma boa explicação faz?! Tem também as curiosidades do acervo, e outras do uso do edifício, como por exemplo a questão de se usar o altar como cemitério para algumas pessoas da época, ou o furo dentro da parede para que o padre pudesse lavar suas mãos antes da missa, essas e e outras coisas são interessantes de ver de perto, e o valor é super acessível, R$3,00 estudante e R$6,00 a inteira.
É proibido tirar fotos do acervo #chatiada.
Bjos!
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